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PROJETO FAUNA VIZINHA

APRESENTAÇÃO

No nosso dia-a-dia, muitas espécies da fauna nativa estão presentes. Mesmo em ambientes antropizados, como grandes centros urbanos e áreas rurais, é possível se encontrar uma diversidade de espécies de animais habituadas à presença humana. Quem nunca foi rodeado por uma abelha arapuá (Trigona spinipes)? Em praças e parques urbanos, é comum observarmos um casal de quero-queros (Vanellus chilensis) ou de corujas-buraqueira (Athene cunicularia) defendendo seu ninho. Nos fios da rede elétrica, centenas de maritacas (Psittacara leucophthalmus) se agrupam e fazem revoada rumo aos coqueiros ou palmeiras plantadas em grandes avenidas, onde conseguem seu alimento. Até mesmo em nosso quintal, à noite, é possível vermos voos rasantes de morcegos (Ordem Chiroptera), procurando alimento ou abrigo.

O projeto “Fauna vizinha” tem o objetivo de falar sobre essas espécies e como nós seres humanos interagimos com elas. Com tantas mudanças no ambiente (desmatamento, queimadas, construção das cidades), vão restando poucas áreas naturais conservadas para a fauna silvestre. Algumas espécies ainda se habituam à presença humana, coexistindo conosco nas cidades, em parques urbanos e áreas rurais (são chamadas espécies flexíveis ou generalistas, ou seja, que não exigem recursos muito específicos).


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Interações e conflitos humano-fauna

A coexistência humano-fauna nos permite conectar com a natureza! Quando vemos uma joaninha em nosso dedo, um beija-flor na janela ou uma capivara pastando em um parque, são comuns a contemplação e o desejo de tirar uma foto ou uma selfie.

Ao mesmo tempo que observar animais silvestres proporciona uma reaproximação do ser humano com a natureza, estimulando a contemplação e reconhecimento do seu valor intrínseco, esta aproximação também propicia a ocorrência de conflitos humano-fauna. Estes compreendem interações indesejadas que geram consequências negativas, como perdas materiais, ataques, injúrias e até a morte, representando um grande risco tanto para seres humanos quanto para a fauna silvestre. Por isso falar sobre as interações humano-fauna é tão importante!!

O que podemos ou não fazer com animais silvestres?

Quando o assunto é animal silvestre, não podemos nos esquecer que não são domesticados. Animais domesticados como cães, gatos, cavalos, galinhas, porcos, possuem uma longa história evolutiva com o ser humano, através da qual muitos comportamentos dóceis foram selecionados, gerando submissão e proximidade segura. Animais silvestres não possuem essa mesma história evolutiva, ou seja, apresentam comportamentos selvagens que podem gerar riscos!

Diante disso, ao avistarmos um animal silvestre é extremamente importante manter uma distância segura (no mínimo cinco metros), contemplando sua beleza sem tocá-lo e sem alimentá-lo. Não interferir nos comportamentos normais do animal é fundamental! Desta forma, ajudamos a preservar seu caráter selvagem, e não colocamos nem o animal e nem nós mesmos em risco de ataque e injúrias.

O que mais ameaça a fauna silvestre atualmente?

A destruição de habitats naturais para implementação das atividades agropecuárias e expansão da urbanização, a introdução de espécies exóticas (por exemplo, gado), poluição da terra, da água e do ar, e as mudanças climáticas são resultados das ações antrópicas, que ameaçam a biodiversidade e podem levar à extinção de espécies nativas. Mas a destruição de áreas naturais ainda é a principal ameaça à fauna silvestre.

Segundo dados do Projeto MapBiomas (https://brasil.mapbiomas.org/), entre os anos de 1985 e 2023, o Brasil teve a perda de 108,2 milhões de hectares de vegetação nativa. Neste período, a agropecuária passou a ocupar 276 milhões de hectares, o que representa hoje 32,5% de todo território nacional. Além disso, as áreas urbanizadas passaram a ocupar 6,7 milhões de hectares, correspondendo a 0,8% do território nacional.

Além da mudança da paisagem e todas as suas consequências, outro fator antrópico importante trata-se da introdução de espécies exóticas no ambiente, especialmente de animais domésticos. Você sabia que cães e gatos caçam animais silvestres, gerando forte pressão predatória? Por isso, é tão importante que os tutores de cães e gatos sejam responsáveis com seus animais, e que toda a sociedade se envolva na causa animal, para diminuição de cães e gatos errantes, que vivem em situação de rua.